terça-feira, 10 de maio de 2011

Bullying?



São Paulo, terça-feira, 10 de maio de 2011
ROSELY SAYÃO

Bullying não é nada disso

Além de banalizar o conceito, o que mais conseguimos ao abusar desse termo? Alarmar os pais


Há muita gente que não aguenta mais ouvir falar de bullying. O assunto é tema de reportagens nos jornais diários de todos os tipos, nas revistas semanais, nas prateleiras das livrarias, nas bancas de revistas, na internet etc.
Já conseguimos esvaziar o sentido dessa palavra e seu conceito de tanto que a usamos e de tanto fazer associações indevidas com o termo.
Basta um pequeno drama ou uma grande tragédia acontecer, envolvendo jovens, que não demora a aparecer a palavra mágica. Agora, ela serve para quase tudo.
Além de banalizar o conceito, o que mais conseguimos com o abuso que temos feito dele? Alarmar os pais com filhos de todas as idades.
Agora, a preocupação número um deles é evitar que o filho sofra o tal bullying. O filho de quatro anos chega em casa com marca de mordida de um colega? Os pais já pensam em bullying. A filha reclama de uma colega dizendo que sempre tem de ceder seu brinquedo, ou o filho diz que tem medo de apanhar de um colega de classe? Os pais pensam a mesma coisa.
Alguns deram, por exemplo, de reclamar que a escola que o filho frequenta tem, no mesmo espaço, estudantes de todas as idades e dos vários ciclos escolares.
Então agora vamos passar a considerar perniciosa a convivência entre os mais jovens porque há diferença de idade entre eles? Decididamente, isso não é uma boa coisa.
As crianças e os jovens aprendem muito, muito mesmo, com o convívio com seus pares mais novos e mais velhos. Ter acesso a alguns segredos da vida adulta pelas palavras de outra criança ou de um adolescente, por exemplo, é muito mais sadio e interessante do que por um adulto. Um exemplo? A sexualidade.
Outro dia ouvi um diálogo maravilhoso entre uma criança de uns dez anos e um adolescente de quase 16. O assunto era namoro. Em um grupo, os mais velhos comentavam suas façanhas beijoqueiras com garotas. A criança ""pelo que entendi, ele era irmão de um dos mais velhos"" passou a participar da conversa querendo saber detalhes do que ele chamou de beijo de língua e ameaçou começar a também contar suas vantagens.
Logo a turma adolescente reagiu, e um deles falou que ele era muito criança para entrar no assunto. E um outro disse, sem mais nem menos: "Agora você está na idade de ouvir essas coisas e não de fazer, está entendido?". O menor calou-se e ficou prestando a maior atenção à conversa dos maiores, sem intervir.
Imaginei a cena se tivesse acontecido com o garoto de dez anos e adultos. Não seria nada difícil que eles dessem atenção ao menino, que quisessem saber e fornecer detalhes a respeito das intimidades que podem acontecer num encontro entre duas pessoas. Muito melhor assim do jeito que foi, não é verdade? Com a maior simplicidade, o garoto foi colocado em seu lugar de criança e nem se importou com isso, mas, mesmo assim, pôde participar como observador da conversa dos mais velhos.
Conflitos, pequenas brigas, disputas constantes acontecem entre crianças e jovens? Claro. Sempre aconteceram e sempre acontecerão.
Mas esses fatos, na proporção em que costumam acontecer, não podem ser nomeados como bullying. Fazer isso é banalizar o tema, que é sério. Aliás, isso tudo acontece sem ultrapassar os limites das relações civilizadas se há adultos por perto. Essa é nossa questão de sempre, por falar nisso.
O verdadeiro bullying só acontece em situações em que os mais novos se encontram por conta própria, sem a companhia e a tutela de adultos, sem ainda ter condições para tal.
Caro leitor: se você tem filhos, não os prive da companhia de colegas diferentes no comportamento, na idade etc.
Esses relacionamentos, mesmo conflituosos, são verdadeiras lições de vida para eles que, assim, aprendem a criar mecanismos de defesa, a avaliar riscos e, principalmente, a reconhecer as situações em que precisam pedir ajuda.

ROSELY SAYÃO é psicóloga e autora de"Como Educar Meu Filho?" (Publifolha)

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Para um bom desempenho, boas atitudes!!


Todo início de ano é comum as pessoas prometerem a si mesmas que o ano que se inicia será melhor do que o ano anterior e traçarem diversas metas a serem alcançadas ao longo do ano.
A esperança é sempre a de aproveitar as oportunidades e de se obter resultados positivos daquilo que fazemos. Muitas vezes, porém, tudo fica na promessa, quando na verdade devemos ter atitude!
O hábito de estudar, por exemplo, é uma ação que devemos ter para atingir o conhecimento satisfatório e alcançarmos todos os nossos objetivos, quer sejam na vida estudantil ou mais tarde, na vida profissional.
Em sua vida de estudante, algumas atitudes são importantes para um melhor aproveitamento das aulas e, consequentemente reconhecimento de seus professores, pais e amigos, além de contribuir positivamente para sua autoestima.
Entre elas, podemos citar:
  • Ter sempre atenção nas aulas, participando e assim, enriquecer as explicações dadas pelo seu professor;
  • Não acumular dúvidas. As perguntas pertinentes estimulam a aula e serão atendidas por seu professor, que notará seu interesse em aprender.
  • É importante que as tarefas de classe e de casa sejam feitas com atenção, interesse e organização, pois são elas que te mostrarão dúvidas ou dificuldades em determinado conteúdo;
  • Todo tipo de leitura (livros, revistas, jornais,internet...) contribuem para o seu aprendizado. Quanto mais leitura, mais conhecimento;
  • Refazer os exercícios, corrigir as palavras erradas, melhoram a apresentação de suas atividades e assim, seu aproveitamento.
Enfim, você é uma fatia do grande bolo chamado Educação. Cabe a você fazer a sua parte da melhor forma possível.
Adotar algumas atitudes podem dar uma diferença enorme no resultado final, e você não precisará encarar os estudos como um peso difícil de carregar, mas algo realmente prazeroso.
Esforço e boa vontade são com certeza o melhor caminho para o sucesso!!! Pense nisso! Estamos aqui para ajudar.

Professora Elisabete
Ensino Fundamental I – 4º. ano

Pais maus



“Um dia quando os meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães, eu hei de dizer-lhes: - Eu amei-vos o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão.
Eu amei-vos o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.
Eu amei-vos o suficiente para vos fazer pagar os rebuçados que tiraram do supermercado ou revistas do jornaleiro, e vos fazer dizer ao dono: “Nós tiramos isto ontem e queríamos pagar”.
Eu amei-vos o suficiente para ter ficado em pé, junto de vocês, duas horas, enquanto limpavam o vosso quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.
Eu amei-vos o suficiente para vos deixar ver além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.
Eu amei-vos o suficiente para vos deixar assumir a responsabilidade das vossas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.
Mais do que tudo, eu amei-vos o suficiente para vos dizer NÃO, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em alguns momentos até odiaram).

Estas eram as mais difíceis batalhas de todas. Estou contente, venci... Porque no final vocês venceram também! E qualquer dia, quando os meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães; quando eles lhes perguntarem se os seus pais eram maus, os meus filhos vão lhes dizer:
“Sim, os nossos pais eram maus. Eram os piores do mundo...As outras crianças comiam doces no café e nós só tinhamos que comer cereais, ovos, torradas. As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvetes ao almoço e nós tinhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e
frutas. Nossos pais tinham que saber quem eram os nossos amigos e o que nós fazíamos com eles.
“Insistiam que lhes disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos. Nossos pais insistiam sempre conosco para que lhes disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade. E quando éramos adolescentes, eles conseguiam até ler os nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo chata”!
“Nossos pais não deixavam os nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos; tinham que subir, bater à porta, para que os nossos pais os conhecessem.
Enquanto todos podiam voltar tarde da noite com 12 anos, tivemos que esperar pelo menos 16 para chegar um pouco mais tarde, e aqueles chatos levantavam para saber se a festa foi boa (só para verem como estávamos ao voltar)”.
“Por causa dos nossos pais, nós perdemos imensas experiências na adolescência."

- Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime”.

“FOI TUDO POR CAUSA DOS NOSSOS PAIS!”

Indicação  da mãe Sandra G C da Rocha Valentino
(texto de Dr. Carlos Hecktheuer, Médico Psiquiatra)

Como educar nossos filhos?


Educar os filhos em uma época em que tudo está acontecendo tão rápido é um grande desafio. Um grande desafio porque não queremos qualquer educação; queremos dar o melhor.
Mas qual é a melhor educação? Acredito que seja aquela que prepara as nossas crianças para a vida. Aquela que as tornem verdadeiras cidadãs com valores internalizados.
Em uma entrevista realizada pelo Educacional Aprendaki, Caio Feijó, psicólogo, especialista em psicologia clínica, psicologia educacional e psicologia organizacional, explica que

Um dos princípios fundamentais para a educação é a referência pessoal ( o exemplo dos pais). Crianças imitam seus pais. Se estes possuem e respeitam os valores sociais humanos, seus filhos tenderão a serem também, indivíduos mais sociais e respeitadores das normas sociais. Outros fundamentos como informação, comunicação e afeto, entre outros, também possuem alto grau de importância na educação.

Assim, se queremos educar alguém precisamos estar presentes ativamente na vida de nossos filhos. Portanto, quando isso acontece a possibilidade de alcançar uma educação de qualidade é muito maior.

Abraço,
Maria Goreti
Coordenadora Pedagógica

segunda-feira, 28 de março de 2011

2011 de muita leitura...

Ler é um processo vivo, lemos as coisas, os livros, as pessoas, a vida. Começamos adotando um livro por bimestre, depois um livro por mês e de repente um mundo de informações foi conquistando cada aluno, cada professor. Aqui estamos nós, em mais um ano. Novas conquistas, inauguramos nossa biblioteca circulante, muitos livros ao mesmo tempo, no mesmo mês e a primeira seção de leitura nasceu: Li e gostei. Agora o desafio é maior, contar, compartilhar com o outro as leituras feitas, dividindo um pouquinho dessa experiência prazerosa que é o ato de ler. Bom trabalho a todos, boas leituras.